Compromisso alvinegro
Por Fernando Molica em 08 de maio de 2012 | Comentários (0)
Tenho lá minhas manias em dias de jogos do Botafogo – acho que fiz tudo certinho no domingo, no caminho do estádio sequer deixei tocar o CD daquele cantor tricolor, o tal do Chico. Não adiantou nada (o problema, tenho certeza, foi o fato de, na véspera, ter me encontrado socialmente com diversos torcedores do Fluminense. Sabia que isso iria contribuir para desregular a combinação de forças que vinha nos empurrando para a vitória).
Como torcedor, tenho o direito de cultivar uma dose limitada de maluquices, mas fico muito irritado com essa história de que venceremos de goleada no domingo porque domingo é dia 13, o Loco usa a 13, o Zagallo, a superstição, o cacete a quatro. Não perdemos domingo passado devido a uma conjução astral. Perdemos porque o Elkeson, que há muito não joga nada, deve estar tenso com o suposto interesse do Juventus (eles enlouqueceram?) e resolveu armar o contra-ataque tricolor. Perdemos porque o Lucas, que normalmente não fede nem cheira, resolveu feder – fez, no meio do campo, no primeiro jogo da decisão, já com um cartão amarelo nas costas, uma falta que só é admissível depois dos 35 do segundo tempo, na entrada da área – com real perigo de gol -, no último jogo da decisão.
Perdemos porque o Oswaldo Oliveira não soube mexer no time, manteve o suicida Elkeson e o assassino Lucas em campo, foi incapaz de arrumar o time após a expulsão – perder por um gol de diferença (até por dois) estaria de bom tamanho. Perdemos porque o time disputa duas competições sem ter reservas para seus laterais. Agora, não se fala em estratégia, em mudanças táticas. Fala-se no número 13, na conjução de Saturno com Marte – por Júpiter! Dane-se. Domingo, não escolherei CDs, cor de roupa (em tese, nem a cueca pode ter uma das cores das ostentadas pela equipe adversária). Tentarei apenas regular meu juízo que, como vocês devem ter notado, anda meio abalado. Saudações alvinegras.