Copo presente
Por Fernando Molica em 08 de novembro de 2008 | Comentários (0)
Há um ano soube da morte de um amigo, um colega com quem eu trabalhara em meu primeiro emprego. Não o via fazia algum tempo. O cara era relativamente novo, tinha menos de 60 anos. Eu estava fora do Rio, soube da morte graças a um registro publicado no jornal. Levei um susto, liguei para alguns amigos em comum e soube que ele morrera por excesso de birita.
Ontem recebi um e-mail que, no campo de assunto, deixava explícito: era um convite para a missa em memória do tal amigo. Fiquei triste, lembrei do episódio, me dei conta da passagem de um ano da sua morte. Ao abrir o e-mail, comecei a rir (desculpe, meu caro A.): a celebração, a homenagem ao cara que morreu de tanto beber, era assinada por uma agremiação carnavalesca, a “Quem num güenta bebe água”. É ironia demais. Quer saber? Acho que o homenageado também riu, achou legal. Certamente sua alma dará passada por essa (perdoe-me) missa de copo presente.
Ah, ia esquecendo. Os caras bebem tanto que trocaram o endereço da celebração: a igreja fica na Marechal Floriano (no Centro), mas o convite fala em Marechal Rondon (que fica no Riachuelo).