Cuenca, Brizola e os pides
Por Fernando Molica em 26 de maio de 2009 | Comentários (2)
O episódio do Cuenca e da festa da Adidas em uma casa cheia de referências ao nazismo faz lembrar uma história que o Brizola adorava contar. Dizia ele, quando queria associar alguém a uma situação meio condenável/constrangedora: “O sujeito tem olhos de jacaré, rabo de jacaré, boca de jacaré, couro de jacaré… E vem dizer que não é jacaré?!?!?!?!” OK, não dá pra dizer que o dono dal casa alugada para a Adidas seja simpático ao nazismo. Mas que ele deu muito mole, deu.
Ah, outra boa história, esta da época da Revolução dos Cravos e que envolve a Pide, a terrível polícia secreta salazarista. Dizia-se então em Portugal que, depois do 25 de Abril, um sujeito que denunciasse um pide receberia uma recompensa de 10 mil escudos. Dois pides, 20 mil escudos. Três pides, 30 mil escudos. Interessado na recompensa, um amigo pergunta a outro:
– Mas, ó pá, e se o gajo entregaire quatro pides? Receberá 40 mil escudos?
– Não – responde o amigo. – Se ele entregaire quatro pides vai preso porque conhece pides demais.
–
Muito boa também essa história do Roberto. abs.
Fernando MolicaA história dos pides é ótima!!! É bem diferente da história do Roberto, conhece? Anos 40, Brasil ainda decidindo se entrava no conflito da 2ª Guerra ou não, começa a circula pelas ruas do Rio um monte de homens com cabeça raspada e com um broche escrito Roberto preso no uniforme. A polícia acha estranho, tantos caras andando com o tal ornamento, e decide parar um grupo investigar. O Roberto era na verdade um apelido para ROma, BERlim e TOquio. Não tem a mesma graça que a história dos gajos, mas é interessante.
Paulo