Do Junco para a ABL
Por Fernando Molica em 03 de junho de 2008 | Comentários (4)
Acabo de ler no blog do Marcelo Moutinho que o grande Antônio Torres, que me honrou com um belo texto para a orelha de “O ponto da partida”, oficializou sua candidatura à Academia Brasileira de Letras – concorrerá à vaga deixada por Zélia Gattai.
É um daqueles raros casos em que uma candidatura é igualmente importante para o candidato e para a instituição. Baiano do Junco (atual Sátiro Dias), autor de alguns dos mais relevantes clássicos recentes da literatura brasileira, Torres é um autor traduzido e elogiado em vários países e já recebeu, entre outros, o prêmio Machado de Assis, conferido pela própria ABL.
Eleições na ABL nem sempre são vencidas pelos melhores candidatos – mais detalhes sobre os bastidores da Academia podem ser conhecidos no ótimo e hilariante “Farda, fardão, camisola de dormir”, de Jorge Amado, antecessor da mulher, Zélia, na cadeira agora em disputa. Mas, sem qualquer demérito para os outros candidatos, Torres mereceria ser eleito por aclamação. Um sujeito que estréia com um livro como “Um cão uivando para a lua” não pode ficar de fora de uma instituição que se propõe a abrigar o melhor da produção literária do país. Machado de Assis ficará orgulhoso com o novo ocupante da cadeira 23, a mesma que foi sua.
Com muito orgulho sou amigo do Antônio Torres e com mais ainda torço para o seu ingresso triubfal na ABL.
Luiz EudesCom muito orgulho resenhei alguns romances do nosso querido escritor Antônio Torres e, seguramente, será com muito orgulho que aplaudiremos sua entrada, mais do que justa haja vista a obra, na ABL.
Gerana DamulakisIndependente de ser uma autora baiana, como leitora preocupada com a boa leitura, e sempre atenta e silenciosamente crítica ao que as Academias acrescentam aos seus quadros de imortais, aplaudo a candidatura de um verdadeiro escritor como Antônio Torres à cadeira nº 23, anteriormente ocupada pelo baiano Jorge Amado e por sua viuva, Zélia Gattai, baiana por adoção. Antônio Torres, um nome que honra a literatura brasileira e a imortalidade que lhe é concedida pela ABL. Parabéns por apoiá-lo.
Gláucia LemosFico feliz em ver uma candidatura deste porte à ABL além dela ter me dado a oportunidade de conhecer o seu blog.
Roney Belhassof