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Eu e as copas


Por Fernando Molica em 07 de maio de 2014 | Comentários (0)

Na pilha do César Seabra:

1970 – Descobri que havia Tchecoslováquia, e que o Pelé era quase tão bom quanto o Jairzinho. Em Quintino ouvi que Ó Therezinha, ó Therezinha, o Brasil botou na b&$%#&da da Rainha. Final em Piedade, faltou luz, não vimos o gol da Itália. No fim do jogo, um italiano – jornaleiro, claro – que morava na rua Goiás nos dava parabéns.
1974 – Marinho Chagas. Paulo César e Jairzinho não foram assim tão bem. Acho que vi uns holandeses correndo. Você os viu, Zagallo?
1978 – Zico começando a nos ajudar a perder quatro copas, mantém a tradição rubro-negra em Copas. Gramado descartável em Mar del Plata, Peru comprado, belo gol do Nelinho na disputa pelo terceiro lugar.
1982 – Valdir Peres, Serginho e a teimosia siderúrgica (frase do João Saldanha) do Telê Santana. Deu no que deu. Zico melhorzinho, bom no ataque, longe do grande armador que era no time da Gávea. Segunda Copa perdida por ele.
1986 – Telê perde outra Copa. Zico perde pênalti e sua terceira Copa (registro: só houve aquele pênalti porque ele, capenga, meteu uma bola de 30 metros pro Branco). Josimar fez o que pôde.
1990 – Confiava no Romário, mas bebemos água que argentino não bebe. Com Lazaroni, vocês queriam o quê?
1994 – Ganhamos com empate, a cara do Parreira.
1998 – “Quem é que sobe? Quem é que sobe?” Zidane. Zico barra Romário, quarta Copa perdida para sua coleção.
2002 – Final de filme americano, o sem-joelho se supera, faz o impossível e ganha a Copa.
2006 – Foi na Alemanha, né? Preparação animada, festa antes do trabalho. Meião arriado, quem é que sobe, quem é que sobe?
2010 – Torci contra, temia que a ortodoxia dunguista contaminasse o país, seríamos obrigados a cantar o hino nacional ao acordar, ao almoçar, ao dormir e ao fazer sexo – apenas para reprodução, uma vez por semestre. Ainda teríamos que aprender o hino da Revolução Farroupilha. Jogamos bem um jogo, ameacei torcer pelo Brasil, e o rubro-negro mostrou o que fora fazer sob as traves. Loco repetiu a cavadinha, rodei a redação com a bandeirinha do Botafogo. Somos bons nesse negócio de Copa.
2014 – O goleiro titular, o mesmo que entregou a Copa passada, era segundo reserva num time da segunda divisão inglesa e, agora, joga no Canadá.

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