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‘Inventário’ na ‘Folha’


Por Fernando Molica em 18 de março de 2012 | Comentários (0)

Na seção ‘Diário do Rio’, o caderno ‘Ilustríssima’, da ‘Folha de S.Paulo’, publicou um simpático comentário sobre O inventário de Julio Reis. O texto é do Alvaro Costa e Silva, o Marechal, ex-editor do saudoso caderno ‘Idéias’, do JB.

TEMPO DE FLANAR

Flanar era no tempo de Julio Reis. Compositor, maestro, pianista, escritor e crítico, esse personagem hoje desconhecido foi popular no Rio do fim do século 19, quando criou valsas, polcas, habaneras e tangos e conviveu com artistas, intelectuais e políticos nas temporadas líricas do Teatro São Pedro.

No século 20, passou a compor sinfonias e óperas. Uma delas, “Heliophar”, integrou a festa que se realizou na então capital federal em comemoração do Centenário da Independência, em 1922.
Admirador de Beethoven, Verdi, Wagner -entre os brasileiros, de Carlos Gomes, que o indicou para um período de estudos na Europa -, Julio Reis tinha horror a tudo o que fosse moderno e que de longe cheirasse a Heitor Villa-Lobos.

Dizia que a nova forma de compor desprezava a melodia. Que Debussy “traduz em música o sono e o vozerio dos sapos num charco; revela as confidências de um casal de cegonhas; e reproduz o mutismo filosófico de um orangotango em êxtase ao aparecimento da lua nova”. Acabou atropelado pela modernidade. Morreu pobre, em 1933, no subúrbio de Piedade.

Ressurge agora, após quase 80 anos, no romance “O Inventário de Julio Reis”, pelas mãos de seu bisneto, o jornalista Fernando Molica.

“É claro que houve pesquisa, mas é ficção. Escrevi com liberdade. Até a produção documental é, de certa forma, ficcional”, diz Molica. O livro chega às livrarias em abril, com a chancela da Record.

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