O poder dos jornalistas
Por Fernando Molica em 12 de agosto de 2009 | Comentários (4)
Palavras de MM, um jornalista já veterano, para seu filho Ricardo Menezes, personagem principal de O ponto da partida.
“Fazer jornal, meu filho, é brincar um pouco de ser Deus. A gente é que decide o que é importante. Só é importante o que sai no jornal. Não adiantava Deus fazer e acontecer, criar o dia e a noite, o macho e a fêmea, as estrelas, o Himalaia, o Garrincha, o cacete a quatro: se não saísse no jornal, ninguém ficaria sabendo. Por isso, Ele também criou a Bíblia, o jornal Dele. A Bíblia é igualzinha a um jornal, é cheia de boas histórias, a maioria, difícil de ser checada. Há alguns exageros, umas forçadas de barra, umas cascatas, um certo culto à personalidade: tudo como num jornal. Mas tá cheia de notícias. Uma boa quantidade de repórteres, correspondentes no mundo inteiro, jornalistas com acesso a fontes privilegiadas. E que comentaristas – retumbantes, proféticos! O tal do Moisés era uma espécie de repórter especial. O sujeito entrevista Deus em on, veja só! Deus dava entrevista pra Moisés on the record, não pedia off. Imagina, Deus chegando pro repórter e dizendo: ‘Pode publicar que fui Eu que disse’.
É apenas uma coincidência de iniciais. Até porque o Maurício - o nosso amigo - é citado pelo personagem principal.
Fernando MolicaComo se trata de ficção, imaginei que aquela figuraça servisse de inspiração. Sucesso com o livro. Vou ler e depois pego o autógrafo.
TaniaUm parente distante...
Fernando MolicaADOREI!!! MM é o Maurício?
Tania