Remoções
Por Fernando Molica em 15 de abril de 2009 | Comentários (7)
Por falar em favelas – e sem querer reduzir o tamanho do problema. O recente debate sobre remoções dessas comunidades me fez lembrar a frase do historiador e antropólogo Marcos Alvito, autor do brilhante As cores de Acari – uma favela carioca (Editora FGV, está esgotado, pode ser baixado aqui). Em 2003, participamos de um debate na Bienal do Livro e alguém perguntou sobre remoções de favelas. Resposta do cara:
– É engraçado, mas o verbo remover só é usado para lixo, cadáver e favela.
(Pior é que ele tem toda a razão. Alguém já ouvir falar em “remover esta mesa da sala”, em “remover meu filho daquela escola”, em “remover esta mulher da minha vida”?)
Saudações, meu caro. Abração.
Fernando MolicaTremenda frase, essa do Alvito. Resume o troço todo. Saudações alvinegras!
luiz antonio simasÉ verdade! Ando trabalhando de forma canina. Sobrou pouco tempo nos últimos dias. E preferi ler mais e escrever menos por uns tempos. Faz bem dar um tempo de vez em quando. Aos poucos estou voltando. Até!
Diego MoreiraClaro. Outro dia fui lá, mas não tinha ninguém em casa - você andou meio ausente da vida virtual... Abração.
Fernando MolicaMestre, Andei escrevendo sobre muros, caveirões e remoções lá no blog. Quando quiser, apareça. Abração!
Diego MoreiraEsse é um dos temas que revelam com mais transparência o quanto a nossa sociedade está impregnada por ideias reacionárias. Faça uma reportagem de capa n'O Globo sobre favelas e aguarde as cartas dos leitores... Surgirão as opiniões daqueles que gritavam "caveira" na exibição de Tropa de Elite. Cansei de ouvir de alunos o seguinte: "meu pai diz que a solução pra favela é a bomba atômica". E eles dizem isso com a maior seriedade do mundo... Abraços!
Diego MoreiraMarcos Alvito! Grande zagueiro da pelada da Folha Seca!
Marcelo Moutinho