Sons que renasceram em Araras
Por Fernando Molica em 18 de dezembro de 2012 | Comentários (0)
Foi curioso saber, ontem, que ‘O inventário de Julio Reis’ é finalista do Machado de Assis, da Biblioteca Nacional. Passei o fim de semana em Araras, onde, num estúdio espetacular, na casa do Sérgio e da Simone, o pianista João Bittencourt gravou as músicas que vão fazer parte de seu CD, todo dedicado ao compositor.
Lá, no meio daquelas montanhas, lembrei que uma vez, ao fazer uma reportagem na ABL, soube a razão daquela história de imortalidade – na lógica acadêmica, alguém é imortal enquanto estiver sendo lembrado. JR morreu em 1933 e, apesar dos esforços de seu filho, acabou esquecido. Contratado para tocar no lançamento do romance, o João se encantou com composições daquele desconhecido, apresentou um projeto, conseguiu uma grana e vai lançar o CD.
Um disco que, ao apresentar as músicas do JR, promove seu renascimento, resgata parte de sua obra. As composições – valsas, polcas (choros que não ousam dizer seu nome) – são muito bonitas, merecem ser conhecidas. Legal também que o CD sairá em 2013, que marca os 150 de nascimento do JR. O livro e o o CD têm propósitos diferentes, mas, de uma certa forma, são complementares.